Depois de muita conversa, nossa equipe decidiu tirar o blog do ar por conta de um número muito baixo de acessos.
É com pesar que nós falamos que a nossa última postagem é sobre o Copan e suas galerias. Gostamos bastante desse assunto e resolvemos trazer ele aqui pro blog. Através de pesquisas achei um texto bem legal q fala sobre o Edifício e as galerias
Agradeço aos leitores desses anos todos, eu adorei escrever para vcs aqui no blog,
Segue o artigo:
Projetado na década de 50 pelo
arquiteto Oscar Niemeyer com a colaboração de Carlos Alberto
Cerqueira Lemos, o edifício COPAN surgiu num período em que a cidade
de São Paulo apresentava uma dinâmica de transformação e crescimento espantosos
(Mendonça, 1999). Com o avanço da industrialização para fora dos limites da
cidade juntamente a grande especulação imobiliária em torno do centro,
verificaram-se dois aspectos marcantes desta época: Uma intensa expansão na
malha urbana e o adensamento populacional com verticalização da área central
(Piccini, 1999).
Convém
salientar que desde a década de 30 a cidade de São Paulo ampliava seus limites,
principalmente após a implantação do plano de avenidas do prefeito Prestes
Maia. A verticalização, porém é um processo que tomou impulso nos anos 50,
quando se adota o paradigma de "verticalização americano" com a
liberação do gabarito máximo nos edifícios (Somekh in Mendonça, 1999 p.46).
Nesta época a economia paulistana se fortalecia e São Paulo preparava-se para a
condição de grande metrópole, precisando de ícones representativos de sua
grandeza. O COPAN por sua grandiosidade estrutural, programa variado e
forma arrojada, pode ser considerado um destes símbolos.
O projeto original encomendado
pela Companhia Pan-americana de Hotéis compreendida em edifício
residencial de 30 andares e outro que abrigaria um hotel com 600 apartamentos.
Os dois prédios deveriam ser ligados por uma marquise no térreo que teria
garagens, cinema, teatro e comércio, porém apenas o edifício residencial foi
construido (Botey, 1996). Curiosamente o empreeendimento, que seria uma
homenagem ao IV Centenário de São Paulo, visava explorar o setor
turístico da cidade (Mendença, 1999). Com a não construção da torre do hotel,
esta idéia original ficou comprometida e o interesse imobiliário prevaleceu.
A obra
ficou a cargo da Companhia Nacional da Indústria da Construção (CNI),
foi iniciada em 1952, mas somente em 1953 o alvará de construção foi obtido e
os serviços de terraplanagem começaram. Após alguns problemas finaceiros como a
intervenção federal no Banco Nacional Imobiliário e a falência da
investidora Roxo Loureiro S.A, primeiros incorporadores do
empreendimento, a obra foi interrompida várias vezes. Em 1957 o Banco
Bradesco comprou os direitos de construção e em 1961 as partes de alvenaria
e concreto armado foram concluidas.
Inicialmente
o edifício residencial deveria ter 900 apartamentos, mas os blocos E e F, que
teriam amplos apartamentos de 4 dormitórios, foram desenhados para kitchenettes
e apartamentos de 1 dormitório. Hoje o COPAN tem 1.160 apartamentos
distribuídos em 6 blocos com 2.038 moradores e área comercial no térreo com 72
lojas além de cinema que é ocupado por igreja evangélica. O bloca A têm 64
apartamentos de 2 dormitórios, os blocos C e D têm 128 apartamentos de 3
dormitórios e os blocos B, E e F têm 968 apartamentos tipo kitchenettes e de 1
dormitório. O edifício possui 20 elevedores no total e 221 vagas para
automóveis no subsolo.
A forma sinuosa do COPAN
quebrando ângulos retos do centro da capital paulista, tem a marca de seu
criador. O gosto pela linha curva é uma das pricipais características da obra
de Oscar Niemeyer que escreveu: "não é o ângulo reto que me
atrai, nem a linha reta, dura, inflexível... o que me atrai é uma curva livre e
sensual..." (Niemeyer, 1998). O brise soleil utilizado serve,
além de proteção solar, para enfatizar a fachada ondulada. Este recurso já
tinha sido usado por Niemeyer antes no edifício Montreal, também na cidade de
São Paulo (Valle, 2000).
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