Essa semana venho compartilhar com vocês mais um artigo muito interessante. E dessa vez o tema é acessibilidade e cidadania. Uma ótima leitura e ótima semana a todos!
O artigo segue abaixo:
Quantas vezes você se viu impedido de entrar em um
cinema, show ou até mesmo em um ônibus? Se sua resposta não aparecer
imediatamente, se você não lembra se já passou por tal constrangimento, você é
um dos muitos brasileiros que não têm problemas de acessibilidade.
Mas não é difícil encontrar também quem responda: “já perdi as contas de quantas vezes não pude entrar em algum lugar”. As pessoas com deficiência vivem essa realidade da dificuldade de acesso praticamente todos os dias.
São milhões de brasileiros.
Segundo o IBGE, só no ano 2000, 14% de nossa população apresentavam algum tipo de deficiência. E por que essas pessoas se tornam invisíveis aos olhos de muitos administradores? Se nossos impostos são pagos para garantir, entre outros direitos, o de ir e vir, por que milhares de famílias ainda vivem a absurda falta de estruturas urbanas básicas?
Hoje, em algumas cidades do estado do Rio de Janeiro, existem rampas de acesso, estacionamento específico para portadores de deficiência, banheiros especiais e até direito ao transporte gratuito. Mesmo assim, as pessoas com deficiência não conseguem circular com facilidade.
Levando em consideração também a questão dos idosos, o quadro se torna mais dramático: sinais de trânsito com tempo reduzidíssimo para pedestres, prédios com escadas como único meio de acesso, calçadas esburacadas, etc.
Como presidente da RioUrbe, entre 2001 e início de 2005, pude perceber que em cada projeto de engenharia e arquitetura é possível dedicar uma parte da obra à acessibilidade.
A reflexão pode começar a ser feita por aqueles que não encontram maiores dificuldades em andar pelas cidades do estado do Rio de Janeiro. Olhe à sua volta. Veja se alguém com cadeira de rodas poderia passar por onde você está passando. Imagine como uma pessoa cega poderia atravessar sozinha a calçada que você acabou de atravessar.
Já estamos atrasados em olhar, pensar e cobrar de quem administra nossos impostos que empregue esse dinheiro em projetos que permitam a igualdade de acesso. Para isso, existe o conceito do “desenho universal”.
Criado por arquitetos, engenheiros, urbanistas e desenhistas industriais, a meu ver, é o mapa da mina para que ninguém fique fora de qualquer ambiente social e cultural. É um conceito, que prevê em qualquer ambiente, por menor que seja, um mínimo esforço físico, um uso simples e uma equiparação nas possibilidades de utilização.
É preciso pensar em direitos humanos como direitos de todos: das pessoas com deficiência, dos idosos, dos portadores de doenças sexualmente transmissíveis, dos índios, dos homossexuais... Só assim, nos aproximaremos dos princípios da verdadeira cidadania.
Jorge Fortes é engenheiro e foi presidente da Rio urbe entre 2001 e início de 2005. Também foi presidente da Rio luz. Como presidente da Rio urbe participou da realização de mais de 1.200 obras. É autor de idéias inovadoras, como o Cuca Fresca, aparelho que refresca a população do Rio de Janeiro com vapor d´água na orla da cidade. É de sua autoria também o modelo de escola padrão, como a escola Tia Ciata no centro do Rio.
Mas não é difícil encontrar também quem responda: “já perdi as contas de quantas vezes não pude entrar em algum lugar”. As pessoas com deficiência vivem essa realidade da dificuldade de acesso praticamente todos os dias.
São milhões de brasileiros.
Segundo o IBGE, só no ano 2000, 14% de nossa população apresentavam algum tipo de deficiência. E por que essas pessoas se tornam invisíveis aos olhos de muitos administradores? Se nossos impostos são pagos para garantir, entre outros direitos, o de ir e vir, por que milhares de famílias ainda vivem a absurda falta de estruturas urbanas básicas?
Hoje, em algumas cidades do estado do Rio de Janeiro, existem rampas de acesso, estacionamento específico para portadores de deficiência, banheiros especiais e até direito ao transporte gratuito. Mesmo assim, as pessoas com deficiência não conseguem circular com facilidade.
Levando em consideração também a questão dos idosos, o quadro se torna mais dramático: sinais de trânsito com tempo reduzidíssimo para pedestres, prédios com escadas como único meio de acesso, calçadas esburacadas, etc.
Como presidente da RioUrbe, entre 2001 e início de 2005, pude perceber que em cada projeto de engenharia e arquitetura é possível dedicar uma parte da obra à acessibilidade.
A reflexão pode começar a ser feita por aqueles que não encontram maiores dificuldades em andar pelas cidades do estado do Rio de Janeiro. Olhe à sua volta. Veja se alguém com cadeira de rodas poderia passar por onde você está passando. Imagine como uma pessoa cega poderia atravessar sozinha a calçada que você acabou de atravessar.
Já estamos atrasados em olhar, pensar e cobrar de quem administra nossos impostos que empregue esse dinheiro em projetos que permitam a igualdade de acesso. Para isso, existe o conceito do “desenho universal”.
Criado por arquitetos, engenheiros, urbanistas e desenhistas industriais, a meu ver, é o mapa da mina para que ninguém fique fora de qualquer ambiente social e cultural. É um conceito, que prevê em qualquer ambiente, por menor que seja, um mínimo esforço físico, um uso simples e uma equiparação nas possibilidades de utilização.
É preciso pensar em direitos humanos como direitos de todos: das pessoas com deficiência, dos idosos, dos portadores de doenças sexualmente transmissíveis, dos índios, dos homossexuais... Só assim, nos aproximaremos dos princípios da verdadeira cidadania.
Jorge Fortes é engenheiro e foi presidente da Rio urbe entre 2001 e início de 2005. Também foi presidente da Rio luz. Como presidente da Rio urbe participou da realização de mais de 1.200 obras. É autor de idéias inovadoras, como o Cuca Fresca, aparelho que refresca a população do Rio de Janeiro com vapor d´água na orla da cidade. É de sua autoria também o modelo de escola padrão, como a escola Tia Ciata no centro do Rio.
Fonte - Artigos.com
OBS: Na realidade, esse artigo trata somente do Rio de Janeiro, mas a deficiência deve ser tratada como um tópico global, em que toda a sociedade e o país devem estar inclusos!
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