quinta-feira, 31 de maio de 2012

Tire dúvidas sobre vagas para deficientes

A reserva de vagas especiais para deficientes físicos em estacionamentos - públicos ou privados - de uso coletivo é assegurada pelo decreto-lei de acessibilidade 5296. No entanto, passados sete anos em que a lei está em vigor, muitas dúvidas ainda permanecem para usuários, estabelecimentos e clientes.
O Portal da Band conversou com Teresa Costa D´Amaral, superintendente do IBDD (Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência), e com o bacharel em Direito e cadeirante Rodrigo Fagnani "Popó" para esclarecer algumas dessas questões.
1) Qual tipo de documentação é necessária para se conseguir o direito de parar nessas vagas?
RF: É necessário ter um cartão para ser colocado em um lugar de muita visibilidade como, por exemplo, o painel do carro. Esse documento é confeccionado e fornecido pela secretaria de trânsito de cada município. No meu caso, para obter o cartão, precisei apresentar a carteira de motorista que, no caso de deficientes físicos, já contém uma observação de que a pessoa é portadora de deficiência. Além disso foi necessário fornecer o documento do carro e um comprovante de residência.
TA: Os órgãos de trânsito de cada município informam a documentação necessária, normalmente cada cidade exige documentos diferentes. No entanto, é sempre obrigatório levar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) que mostra que a pessoa é portadora de deficiência.
2) Os locais públicos são obrigados a ter esse tipo de vaga? Quantas?
RF: A lei estabelece que todos os locais públicos e privados de uso coletivo como shoppings e parques devem ter no mínimo 2% de suas vagas de estacionamento reservadas para deficientes físicos. Se este porcentual der um resultado menor do que um, ainda assim é necessário ter no mínimo uma vaga específica para deficientes.
TA: O artigo 25 da Lei 5296 garante a reserva de no mínimo 2% das vagas em locais públicos e privados.
3) Qual a lei para locais privados de uso restrito, como condomínios.
TA: A lei não se aplica nesses casos. Cabe aos administradores de cada local decidirem como e quantas vagas reservadas devem ser disponibilizadas. 
4) Caso a pessoa note que o local não possui o número de vagas necessárias, como ela pode reclamar?
RF: O usuário que notar quaisquer irregularidades pode chamar os órgãos fiscalizadores de trânsito, no caso de locais públicos. No caso de locais privados, quem cuida desse tipo de reclamação é a empresa administradora.
5) Como essas vagas devem ser?
RF: As vagas devem ser o mais próximo possível da entrada principal e precisam seguir as medidas padrão e normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Além disso, elas têm que respeitar todas as leis de acessibilidade.
6) Qual a punição para quem para neste tipo de vaga sem a documentação necessária?
RF: A infração tira três pontos da carteira de motorista e a pessoa é multada em R$ 57, além disso o carro pode ser guinchado.
TA: A lei estabelece que a utilização dessas vagas por pessoas que não estejam transportando pessoas com deficiência física constitui uma infração ao art. 181 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997. 
7) Alguns locais colocam correntes e cones para reservar essas vagas. Isso é permitido?
RF: A lei não dispõe de nenhuma informação sobre esse tipo de prática. Normalmente, os locais fazem isso por causa do desrespeito das pessoas. Trata-se de uma medida válida se o estabelecimento deixar alguém disponível no local para retirar o bloqueio quando o deficiente físico chegar à vaga.

Obviamente, se não houver ninguém para retirar o cone ou a corrente, fica muito difícil parar nesses locais, já que as pessoas que as utilizam têm dificuldades de mobilidade. Eu, por exemplo, dirijo sozinho e preciso de alguém para ajudar a remover estes objetos.
Fonte: http://www.band.com.br/noticias/cidades/noticia/?id=100000506156

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Curso Criação e Gerenciamento de Projetos Culturais Acessíveis na Fundação Dorina Nowill para Cegos Data 28 de maio a 1 de junho das 8h às 18h

Conteúdo:

- Aulas teóricas e práticas sobre acessibilidade em espaços culturais: concepção de exposições acessíveis, comunicação acessível e ação educativa inclusiva.
- Apresentação de boas-práticas nacionais e internacionais.
- Avaliação de acessibilidade em espaços culturais .
- Mesas-Redondas com público alvo de pessoas com deficiência e representantes de projetos culturais acessíveis.
- Redação de projetos culturais acessíveis

Investimento: R$ 420,00
PÚBLICO ALVO: colaboradores de museus e espaços culturais, professores e colaboradores de universidades, agências de turismo, produtores culturais, educadores, agentes culturais, ONGs culturais, estudantes de graduação e pós-graduação em áreas de cultura e educação.
OBJETIVO: capacitar os participantes para criar e gerenciar projetos acessíveis às pessoas com deficiência em espaços culturais, museus, centros de divulgação cultural e científica, organizações sociais, escolas, universidades, agencias de turismo.
CARGA HORÁRIA: 32 horas
INVESTIMENTO: R$ 420,00 por pessoa e R$ 380,00 para estudantes com comprovante.

CONTEÚDO: Aulas teóricas e práticas sobre acessibilidade em espaços culturais: concepção de espaços, serviços de comunicação e educação. Avaliação de acessibilidade em espaços culturais em instituição parceira. Mesas-Redondas com público alvo e representantes de projetos culturais acessíveis.
COODENADORA: Viviane Panelli Sarraf, possui graduação em Licenciatura em Educação Artística pela Fundação Armando Álvares Penteado (2001), Especialização em Museologia pelo Curso de Especialização em Museologia do MAE-USP (2004), mestrado no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da Universidade de São Paulo (2008) e está fazendo doutorado no Programa de Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Desde 2008 recebeu prêmios e títulos nacionais e internacionais. Tem publicações na área de acessibilidade cultural e ministra cursos em parceria com diversas organizações brasileiras. Organizou em novembro de 2008 o Encontro Regional de Acessibilidade em Museus em parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos e com o Museu de Arte Moderna de São Paulo, projeto pioneiro no Brasil. Tem experiência na área de Museologia e Cultura, com ênfase em acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.
DOCÊNCIA: Viviane Sarraf, profissionais da Fundação Dorina Nowill e convidados especiais.

A programação completa será divulgada em breve no site www.fundacaodorina.org.br
Mais informações e inscrições: e-mail cursos@fundacaodorina.org.br e site: www.fundacaodorina.org.br

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ilustração de wc acessível

Avanços em acessibilidade na hotelaria de Maceió

Link
Do Portal Atitude InclusãoO presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Alagoas - Adefal, Luiz Carlos Santana destacou o resultado da Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada na a Capital Alagoana ocupa proporcionalmente o 1º lugar no Brasil no que se refere à rede de hotelaria com suítes adaptadas para pessoas com deficiência.
De acordo com Luiz Carlos o resultado da pesquisa é bastante satisfatório, pois revela um avanço no quesito acessibilidade no âmbito da rede hoteleira, porém segundo ele o Município ainda tem muito que avançar no turismo para pessoas com deficiência, principalmente no que se refere a acessibilidades nos pontos turísticos da Cidade.

É importante salientar que a pessoa com deficiência cada vez mais passa a ser o cidadão produtivo e um consumidor potencial. Garantir o direito a acessibilidade nos hotéis significa também ampliar o leque de turistas na Cidade. Maceió tem a primeira jangada acessível do País e nada mais
justo que nossos hotéis estejam preparados para receber essa demanda de turistas de pessoas com deficiência", explicou Luiz Carlos.

Pesquisa

Proporcionalmente Maceió (AL) conta com 3,4% do total de 129 estabelecimento de hospedagem com adaptadas, em seguida com 2,8% vem Teresina (PI) e empatados com 2,5% aparecem Porto Velho (RO) e Aracajú (SE).

Já levando como base os dados absolutos Maceió ocupa a 5ª posição entre as 24 capitais do País.
1º - São Paulo com 511 Unidades.
2º - Rio de Janeiro com 272 Unidades.
3º - Natal com 237 unidades.
4º - Brasília com 220 Unidades.
5º - Alagoas com 219 unidades.
Fonte: http://www.alagoastempo.com.br/noticia/15424/alagoas/2012/03/01/acessibilidade-presidente-da-adefal-destaca-avancos-na-rede-de-hotelaria-de-maceio.html

terça-feira, 3 de abril de 2012

FESTIVAL SESC MELHORES FILMES 2012 com audiodescrição e legendagem open caption.


A 38ª edição do Festival SESC Melhores Filmes acontece de 4 a 29 de abril em São Paulo e em mais 16 cidades do interior, simultaneamente.

Acontece no CineSESC, dia 4/4, a cerimônia de abertura da 38ª edição do Festival SESC Melhores Filmes, apresentada pela atriz Julia Lemmertz. Nessa noite, serão entregues os prêmios aos vencedores eleitos por público e crítica entre os filmes que chegaram aos cinemas paulistanos ao longo do ano de 2011. Além da premiação, a abertura do festival terá a exibição do premiado longa “Girimunho”, de Helvécio Marins Jr e Clarissa Campolina. O filme, que tem estreia prevista para 27 de abril em São Paulo, já foi exibido em alguns dos principais festivais de cinema do mundo, como Veneza, Toronto, San Sebastian, Roterdã e Havana, além de sessões especiais no MoMA em Nova York.

A votação para apurar os vencedores do Festival SESC Melhores Filmes foi feita via Internet e por cédula no CineSESC. Uma consulta direta foi realizada à crítica especializada de todo o país e os filmes mais votados por crítica e público serão exibidos no CineSESC até dia 26 de abril. Ao longo do 38º Festival SESC Melhores Filmes serão exibidos 42 filmes. Desses, 26 são estrangeiros e 16 brasileiros. Entre os títulos estrangeiros, quatro são longas infantis que serão apresentados na Sessão Cineclubinho do festival (domingos, 11h), com audiodescrição e legendagem open caption.

A programação do Festival será exibida no CineSESC e também no SESC Interlagos, além das 16 cidades do interior e litoral que recebrão a programação simultaneamente à capital: Araraquara, Ilha Solteira, Campinas, Catanduva, Osasco, Piracicaba, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Caetano, Diadema, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sorocaba e Taubaté. Todas as sessões terão os mesmos valores de ingresso: R$ 4,00 (público em geral); R$ 2,00 (usuários com cartão de matrícula SESC, estudantes, terceira idade, professores da rede pública) e grátis (comerciários e dependentes).

quinta-feira, 29 de março de 2012

Acessibilidade nos trens da CPTM

Abismos entre a plataforma e o trem, desnível da altura, passagem de pedestres e cadeirantes pela linha do trem, esta é a realidade do dia-a-dia desta malha ( 270 km) que tem mais alcance que o metrô ( 62 km).

http://www.mobilize.org.br/noticias/1750/mobilize-avalia-acessibilidade-nos-trens-da-cptm.html

quinta-feira, 15 de março de 2012

Carro Escalador de escadas da Personal Acess


Permite que pessoas com cadeira de rodas superem barreiras arquitetônicas tanto em uma residência/local como no exterior.
http://www.youtube.com/watch?v=ILw6GPNTM-Y&feature=player_embedded

segunda-feira, 5 de março de 2012

Relatório Mundial sobre Deficiência


Para melhorar

O Relatório Mundial sobre a Deficiência reúne informações científicas disponíveis sobre a deficiência para melhorar as vidas das pessoas com deficiência. Seu objetivo é:

Prover aos governos e à sociedade civil uma análise abrangente sobre a importância da deficiência e as respostas oferecidas, baseada nas melhores evidências disponíveis.

Recomendar ações em âmbito nacional e internacional.

RECOMENDAÇÕES DO RELATÓRIO

Ainda que muitos países já tenham começado a realizar ações para melhorar as vidas das pessoas com deficiência, ainda resta muito a ser feito. As evidências elencadas por este Relatório sugerem que muitas das barreiras enfrentadas pelas pessoas com deficiência são evitáveis e que as desvantagens associadas à deficiência podem ser superadas.

São nove as recomendações. A sua implementação requer o envolvimento de diferentes setores - saúde, educação, proteção social, trabalho, transporte, habitação - e diferentes atores - governos, organizações da sociedade civil (incluindo as organizações de pessoas com deficiência), profissionais, o setor privado, indivíduos com deficiência e suas famílias, o público em geral, o setor privado e a mídia.

É essencial que os países adequem suas ações aos seus contextos específicos. Onde os países estão limitados por restrições em seus recursos, algumas das ações prioritárias, particularmente aquelas que requerem a assistência técnica e a construção de capacidades, podem ser inclusas em um contexto de cooperação internacional.

Confira abaixo, um resumo das recomendações:

Recomendação 1: permitir o acesso a todos os sistemas e serviços regulares. O processo de inclusão requer um comprometimento em todos os níveis- considerado através de todos os setores e construído no âmbito das legislações, padrões, políticas, estratégias e planos novos e existentes. A adoção do desenho universal e a implementação de adaptações razoáveis são duas abordagens importantes.

Recomendação 2: investir em programas e serviços específicos para pessoas com deficiência. Além dos serviços regulares, algumas pessoas com deficiência podem requerer o acesso a medidas específicas, tais como a reabilitação, serviços de apoio, ou treinamento. A reabilitação e o treinamento vocacional podem gerar oportunidades no mercado de trabalho.

Recomendação 3: adotar uma estratégia e planos de ação nacionais sobre a deficiência. Uma estratégia nacional sobre a deficiência estabelece uma visão consolidada e abrangente de longo prazo para a melhora do bem-estar das pessoas com deficiência, e deve cobrir tanto as políticas e programas regulares quanto os serviços específicos para pessoas com deficiência. O plano de ação operacionaliza a estratégia em curto e médio prazos ao estabelecer as ações concretas e os prazos para sua implementação, a definição das metas, a relação das agências responsáveis, e o planejamento e a alocação dos recursos necessários.

Recomendação 4: envolver as pessoas com deficiência. Pessoas com deficiência geralmente possuem uma visão singular de sua deficiência e sua situação. Na formulação e implementação de políticas, leis e serviços, as pessoas com deficiência devem ser consultadas e ativamente envolvidas.

Recomendação 5: melhorar a capacidade dos recursos humanos. A capacidade dos recursos humanos pode ser melhorada por meio da educação, treinamento e recrutamento efetivos. Uma revisão dos conhecimentos e competências dos funcionários em áreas relevantes pode oferecer um ponto de partida para o desenvolvimento de medidas apropriadas para sua melhoria.

Recomendação 6: oferecer financiamento adequado e melhorar a acessibilidade econômica. O financiamento adequado e sustentável de serviços públicos prestados é necessário para assegurar que eles alcancem todos os beneficiários pretendidos e serviços de qualidade sejam oferecidos. Para melhorar a acessibilidade econômica de bens e serviços para pessoas com deficiência e para compensar os custos extras associados à deficiência.

Recomendação 7: aumentar a conscientização pública e o entendimento das deficiências. O respeito mútuo e a compreensão contribuem para uma sociedade inclusiva. Portanto, é vital aumentar a conscientização sobre a deficiência, confrontar as percepções negativas, e representar a deficiência com justiça. Coletar informações sobre o conhecimento, crenças e atitudes sobre a deficiência pode ajudar na identificação de falhas na compreensão da opinião pública que podem ser corrigidas por meio da educação e da disseminação pública de informações.

Recomendação 8: aumentar a base de dados sobre deficiência. Internacionalmente, metodologias para a coleta de dados sobre as pessoas com deficiência precisam ser desenvolvidas, testadas em diversas culturas, e aplicadas consistentemente. Os dados precisam ser padronizados e internacionalmente comparáveis para estabelecer um ponto de referência e monitorar o progresso das políticas relacionadas à deficiência e da implementação da CDPD nacional e internacionalmente.

Recomendação 9: fortalecer e apoiar a pesquisa sobre deficiência. A pesquisa é essencial para o aumento da compreensão pública sobre questões relacionadas à deficiência, a oferta de informações para a elaboração de programas e políticas dedicados à deficiência, e para a alocação eficiente de recursos. Esse Relatório recomenda áreas para a pesquisa sobre a deficiência incluindo o impacto de fatores ambientais (políticas, ambiente físico, atitudes) sobre a deficiência e como mensurá-lo; a qualidade de vida e bem-estar das pessoas com deficiência; o que funciona para a superação das barreiras em diferentes contextos; e a efetividade e resultados de serviços e programas para pessoas com deficiência.

CLIQUE AQUI PARA ÍNTEGRA DO RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE A DEFICIÊNCIA

quinta-feira, 1 de março de 2012

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED), lançou o Guia de Encaminhamentos

http://sentidos.com.br/canais/materia.asp?codpag=13793&
É possível baixar o guia em PDF neste site !

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED), lançou o Guia de Encaminhamentos para Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida, um roteiro prático que informa onde a pessoa interessada pode encontrar endereços e meios de contato (telefone e e-mail) de serviços municipais direcionados às pessoas com deficiência na cidade de São Paulo.

Para facilitar a consulta, os serviços são agrupados conforme a Secretaria à qual estão vinculados - Assistência Social, Cultura, Educação, Esportes, Lazer e Recreação, Saúde, Trabalho, Transporte, Participação e Parceria e Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência.

O guia conta também com um capítulo especial onde está disponível toda a legislação do âmbito municipal, estadual e federal que resguarda os direitos da pessoa com deficiência e mobilidade reduzida.

De fácil consulta, o Guia de Encaminhamentos para Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida traz a descrição de cada um dos serviços municipais direcionados às pessoas com deficiência, assim como os meios de contato (telefones e e-mails).

Clique aqui para acessar o guia em PDF.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sobrevivente de ataque a bomba em Londres cria aplicativo

Um sobrevivente dos ataques a bomba em Londres em 2005 criou um aplicativo de smartphone para ajudar pessoas com deficiência a se locomover com mais facilidade pela capital britânica.

Daniel Biddle perdeu as duas pernas, o baço e a visão do olho esquerdo quando um extremista detonou uma bomba no vagão de metrô na estação Edgware, no dia 7 de julho de 2005.

"O que aconteceu comigo em 7/7 me roubou toda a capacidade de ir praticamente a qualquer lugar", disse o sobrevivente à BBC.

"Posso pensar em inúmeras ocasiões em que precisava encontrar um banheiro ou ir a um restaurante, e foi impossível. Faltam informações úteis para pessoas em cadeiras de roda, dificuldades de aprendizado e problemas de visão."

Acessibilidade

O aplicativo Ldn Access, criado por Biddle e uma amiga, Tobi Collett, armazena detalhes sobre percursos sem degraus, rampas e instalações sanitárias adaptadas que podem ser encontrados em milhares de locais na capital britânica, como hotéis, teatros, restaurantes, bares, etc.

Através de tecnologia de localização, o programa consegue oferecer informações baseadas na área em que o usuário se encontra. Pode-se escolher uma categoria geral, como restaurantes, e a partir daí refinar a busca, por exemplo, por tipo de comida (indiana, chinesa, grelhados, etc.).

Biddle diz que a dupla criou um aplicativo simples de usar "porque alguém com problemas de destreza, ou artrite nas mãos, pode não ser capaz de digitar palavras muito longas. É simplesmente apertar um ícone na tela".

O aplicativo tem informações inclusive sobre os locais que serão usados nos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres, a partir do fim de julho. E funciona sem conexão com a internet, o que significa que mesmo dentro do metrô o usuário pode checar as informações.

"Para checar se as informações estavam corretas, fomos às ruas e visitamos aleatoriamente os locais listados no aplicativo", conta Biddle. "Tivemos de identificar os locais, entrar nos sites dos lugares, fazer ligações."

A princípio, o aplicativo roda apenas no sistema operacional iOS, da Apple, mas Biddle e Collett pretendem investir o dinheiro levantado com as vendas originadas na loja da Apple, onde está disponível, para criar versões para Android, Blackberry e Windows Phone, e não só sobre Londres, mas outras cidades britânicas.

"Com esse aplicativo, queremos mostrar que a deficiência física não é um problema, o problema é a falta de acessibilidade", afirma Biddle. "A tecnologia pode ser excelente para prover independência. Queremos que este ajuda os deficientes físicos a fazer o que quiserem."